quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Maculelê, canto e danças que encantam



Maculelê é um tipo de dança folclórica brasileira de origem afro-brasileira e indígena. As belíssimas apresentações de maculelê seguem o estilo do amálgama entre as culturas indígena e afro-brasileira, com um dos instrumentistas cantando um verso solista, seguido pela resposta em coro dos demais praticantes. 

Uma das lendas existentes atribui a origem dessa dança ao guerreiro indígena Maculelê, um índio preguiçoso e que não fazia nada certo; por esta razão, os demais homens da tribo saíam em busca de alimento e deixavam-no na tribo com as mulheres, os idosos e as crianças. 

Uma tribo rival ataca, aproveitando-se da ausência dos caçadores. Para defender a sua tribo, Maculelê, armado apenas com dois bastões já que os demais índios da sua tribo haviam levado todas as armas para caçar, enfrenta e mata os invasores da tribo inimiga, morrendo pelas feridas do combate. Maculelê passa a ser o herói da tribo e sua técnica reverenciada.

Existem diferentes versões para cada lenda, mas a maioria mantém como base o ataque rival, a resistência solitária e a improvisação dos dois bastões como arma.

O maculelê atual, usando a dança com bastões, simboliza a luta de Maculelê contra os guerreiros rivais. Essa dança pode envolver mulheres e homens, que usam como vestimenta as saias feitas de sisal, além de pintura corporal tradicionalmente indígena. 

Outros praticantes preferem os abadás brancos típicos da Capoeira, enquanto outros se utilizam de vestimentas típicas das tribos africanas Iorubá, com calças e camisas feitas de algodão cru.

As letras falam de diversas situações, algumas evidenciam a influência indígena, outras evidenciam a influência afro-brasileira.
Alguns cantos tem funções especiais, como por exemplo:

- Para sair à rua;
- De chegada a uma casa, um pedido de permissão para entrar;
- De agradecimento, quando saiam da casa, agradecendo a hospitalidade;
- De homenagem a pessoas importantes da história;
- De louvação aos ancestrais;
- Peditório, quando passavam um chapéu para arrecadar algum dinheiro.

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